Já eram 6:15 da manhã e eu esperava impaciente pelo carro que iríamos usar para fazer um Safari. Estava ficando nervoso pois os hóspedes eram VIPs e o carro deveria estar na porta da pousada às 6:00 para sairmos para o passeio às 6:30. Para piorar o motorista era contratado da Agência, não era funcionário da Caiman, e o celular dele só dava caixa postal. Às 6:30 tudo o que eu sabia é que o motorista não havia passado pela portaria da Caiman. Ou seja, demoraria no mínimo meia hora para chegar até a pousada Cordilheira... Então fiz a única coisa que poderia fazer: Pedi desculpas pelo atraso do motorista e disse que não havíamos conseguido contato nem com ele nem com a agência, mas o carro deveria estar a caminho. Ofereci uma caminhada pela estrada até encontrarmos com o carro... Os hóspedes ficaram irritados, e com razão. Não só o carro estava atrasado, como as duas mulheres que iriam no passeio não conseguiam andar por longas distâncias e não iriam nos acompanhar na caminhada. Começamos a andar e o tempo foi passando o desconforto aumentando e nada do carro aparecer na estrada. Depois de quase uma hora ouvimos o barulho do motor, mas foi só o carro aparecer no horizonte que outro problema surgiu: O carro era fechado e, pra piorar, pequeno para acomodar quatro hóspedes com máquinas gigantescas, um motorista e um guia. Acionei a base e solicitei um caminhão de Safari para todos os dias em que eles iriam passar aqui e liguei imediatamente para a agência para informar o ocorrido. A Agência se comprometeu a pagar pelas diárias do caminhão, mas o desconforto causado pela situação continuou até o passeio da tarde...
Saímos para fazer um longo Safari fotográfico. A tarde estava linda e os hóspedes tiraram fotos espetaculares. Ao cair da noite eles trocaram suas lentes e se prepararam para tirar fotos fotos noturnas. Então 15 minutos após a focagem começar vi dois olhos grandes e azuis brilhando no meio da estrada! Bati no teto do caminhão e o Didi (guia de campo) desligou o motor e a inércia nos levava cada vez mais perto do animal! Então as cores começaram a ficar mais vivas! O amarelo e o branco destacavam as rosetas pretas que não deixavam nenhuma dúvida! "Onça! Onça!" Um flash disparou e Ela entrou na mata. Ao me virar para o interior do caminhão me deparei com os sorrisos dos hóspedes que exibiam com orgulho a foto que havia registrado aquele momento. Foi fantástico!
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