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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Bicho do dia

Onça (Jaguar)

Animal símbolo da fauna brasileira. É o maior felino das américas podendo chegar a 2,10 m de comprimento e pesar 115 Kg. Como é exclusivamente carnívora precisa comer pelo menos 2 Kg por dia, o que determina um território de caça de 25 a 80 Km² possibilitando capturar uma grande variedade de presas. É uma excelente caçadora de emboscada. Suas patas curtas não a permite fazer longas corridas, mas são dotadas de uma força gigantesca necessária para domar animais de mais de 300 Kg. Se alimenta de antas, capivaras, porcos monteiros, jacarés, tartarugas, gado e mais uma grande variedade de presas menores. A Onça possui um papel muito importante no ecossistema na medida em que seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Enquanto os outros felinos possuem uma técnica de caça com mordida profunda no pescoço seguida de sufocamento, a Onça possui uma maneira única de caçar: crava os caninos na cabeça da presa perfurando o cranio da vítma chegando até o cérebro. Possui a mordida mais poderosa entre todos os felinos podendo quebrar cascos de tartarugas com facilidade.
Infelizmente é um animal ameaçado de extinção devido a caça pela pele, a destruição de seus habitats, o isolamento populacional e a caça e envenenamento por fazendeiros.
Ver esse animal na natureza é uma experiência única e eu espero que muitas pessoas possam ter esse privilégio.

Avistada na Cigana, no Rio Cristalino!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Bicho do dia

Martim Pescador Anão (Pigmy Kingfisher)

O menor dos Martins pescadores com 13 cm do bico até a cauda! É de difícil observação pois vive nas áreas mais fechadas e sombreadas das matas ciliares (matas que ficam nas margens dos rios ou lagos parecendo os cílios em volta dos olhos) e possui um chamado baixo semelhante ao barulho de um inseto. É encontrado no meio de cipós e galhos sobre a água de onde fica observando o movimento. De repente mergulha para pegar pequenos peixes. Se tiver sucesso voa para um galho, bate sua presa para terminar de matá-la e depois a engole inteira.
A foto mostra um macho, a fêmea possui as mesmas características mais um colar verde que cruza todo o pescoço.
Avistado na entrada da trilha do Isolado

sábado, 15 de novembro de 2008

Bicho do dia


João Pinto do Brejo (Scarlet headed blackbird)

Animal dotado de extrema beleza. Possui cabeça e peito escarlates que contrastam com seu corpo negro, é inconfundível! Gosta de sair para banhar-se ao sol pela manhã pousando em galhos expostos. Se alimenta de frutos, sementes e insetos e pode ser avistado solitário ou em casais. Os jovens possuem uma plumagem preto acinzentada apresentando algumas penas vermelhas. No Pantanal, devido ao ciclo de cheias e secas, alguns brejos secam e o João Pinto muda para outro local alagado.
Avistado ao lado da Baiazinha

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Gato Pintado cruzou a estrada

Estava em minha semana de folga, mas acabei vendendo um dia para fazer voadeira com o grupo do zoológico de Saint Louis. Marcos, irmão do Helder (caimaner), que queria muito ver uma Onça, foi conosco também! Na ida fizemos poucas paradas para aproveitar o passeio no rio. Chegando no retiro São Domingos, pegamos a voadeira e saímos pelo rio Aquidauana. O passeio seguia normalmente até chegarmos no garrafa, um afluente do Aquidauana. Sempre que entramos desligamos o motor e observamos a paisagem (que é linda).Sempre vemos Martins pescadores, Socós dorminhocos, biguatingas, mas dessa vez foi diferente: De repente o Marcos disse: "Ariranha!" Quando olhei já era tarde demais... Já estava dentro da água! Não falei nada para os hóspedes... Fiquei esperando pra ver se ela aparecia de novo... Esperei, esperei até que uma cabeça surgiu na frente do barco! Chamei todos os hóspedes! O bicho tinha nos vistos e estava nadando em nossa direção! Fazia um som agudo e erguia-se mostrando o pescoço longo com manchas brancas! Provavelmente estava defendendo o filhote... É preciso muita coragem pra ir em direção de um barco 10 vezes maior que você! Os clicks das câmeras começaram, mas era difícil de fotografar, pois ela se erguia de um lado e afundava rapidamente, ficava um tempo de baixo da água e surgia em outro local! Chegou a uns 5m do barco e depois partiu! Foi Fantástico!
Na volta estava tudo tranquilo, não estávamos vendo muita coisa, mas aí o Wendell (piloto do barco) fez a volta e desligou o motor... Olhei pra ele e ele não disse nada... só apontou para a frente... Só tinha água no lugar que ele mostrou... Mas depois de alguns segundos vimos uma cabeça saindo da água! Era a Lontra! Fomos seguindo o bicho com o barco! Aí ela subiu num galho, ficou tempo suficiente para os hóspedes tirarem fotos e foi embora! Incrível! Enatão chegamos no retiro, fizemos um lanche e voltamos fazendo focagem! Após deixarmos os hóspedes na pousada perguntei pro Marcos se ele queria voltar com a gente fazendo uma focagem até a Piúva (nosso alojamento), mas ele disse que a Ariranha já tinha feito a viagem valer a pena, então disse pra ele: "Rapaz, o dia só acaba quando termina!", mas ele disse que queria ficar mais um tempo com o irmão.Voltamos então para a Sede para dar carona para a Lidiane (Gerente do Hotel) e então seguimos para a vila conversando... Só faltavam mais cinco minutos de caminhão quando eu vi um bicho grande na beira da estrada em frente a Ponte do Paizinho! Só podia ser Ela! gritei: "A Onça! A Onça! A Onça!" Quando a luz do caminhão bateu no bicho deu pra ver o corpo amarelo e as manchas pretas! Ela cruzou a estrada na nossa frente e sumiu no mato sem fazer nenhum barulho! Foi um dia maravilhoso!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Bichos do dia

Onça (Jaguar)

Animal símbolo da fauna brasileira. É o maior felino das américas podendo chegar a 2,10 m de comprimento e pesar 115 Kg. Como é exclusivamente carnívora precisa comer pelo menos 2 Kg por dia, o que determina um território de caça de 25 a 80 Km² possibilitando capturar uma grande variedade de presas. É uma excelente caçadora de emboscada. Suas patas curtas não a permite fazer longas corridas, mas são dotadas de uma força gigantesca necessária para domar animais de mais de 300 Kg. Se alimenta de antas, capivaras, porcos monteiros, jacarés, tartarugas , gado e mais uma grande variedade de presas menores. A Onça possui um papel muito importante no ecossistema na medida em que seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Enquanto os outros felinos possuem uma técnica de caça com mordida profunda no pescoço seguida de sufocamento, a Onça possui uma maneira única de caçar: crava os caninos na cabeça da presa perfurando o cranio da vítma chegando até o cérebro. Possui a mordida mais poderosa entre todos os felinos podendo quebrar cascos de tartarugas com facilidade.
Infelizmente é um animal ameaçado de extinção devido a caça pela pele, a destruição de seus habitats, o isolamento populacional e a caça e envenenamento por fazendeiros.
Ver esse animal na natureza é uma experiência única e eu espero que muitas pessoas possam ter esse privilégio.

Avistada no Rio Cristalino.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Bicho do dia

Mãe da Lua (Great Potoo)

Um animal único: passa o dia inteiro parado, em cima de um galho mimetizando-se completamente com o ambiente a sua volta. Quando se sente ameaçado aumenta ainda mais sua semelhança com o tronco elevando a cabeça para cima e encostando a cauda no tronco. Mesmo com os olhos fechados consegue ver o que está acontecendo devido a duas pequenas janelas nas pálpebras. Graças a elas a Mãe da Lua pode ter grandes olhos, necessários para enxergar à noite quando sai para caçar insetos, sem chamar a atenção durante o dia.
Faz a postura de um ovo em cima de um galho permanecendo até o filhote nascer. Ao nascer o filhote adota a posição de camuflagem e permanece na mesma posição enquanto a mãe sai para procurar alimento.
Possui um chamado característico ouvido ao anoitecer: Um grito forte e rouco que lhe rendeu o seu nome. As pessoas acreditavam que esse som era um espírito que anunciava a chegada da noite. Assim todos se recolhiam para casa com medo da Mãe da Lua.

Avistada na estrada da Cordilheira

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Bicho do dia

Gato mourisco (Jaguarundi)

Um felino diferente dos demais: possui corpo alongado e pernas curtas, pupila circular indicando hábitos diurnos. Possui uma cauda muito comprida (40 cm) em relação ao seu corpo (65 cm). Possui dois tipos de pelagem: vermelho e preta acinzentada. Durante algum tempo se pensou ser duas espécies diferentes, mas hoje se sabe que numa mesma prole podem ser encontrados gatos com as duas pelagens. Antigamente os indivíduos com pelagem vermelha eram chamados de Eyras enquanto os de pelagem preta eram conhecidos como jaguarundis. Hoje as duas versões são conhecidas como jaguarundi ou gato mourisco.
É um animal que vive próximo à água e é um excelente nadador, sendo por isso chamado de Otter cat (gato lontra) em alguns lugares. Quando está caçando procura presas no chão, dando preferência para aves, mas também se alimenta de roedores, lagartos, sapos e peixes. Sua pelagem não tem grande valor comercial e por isso não está na lista dos animais ameaçados de extinção. No entanto o desmatamento e a consequente perda de habitat pode levar esse extraordinário felino a extinção.

Avistado na estrada para o Retiro Arara

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bicho do dia

Arara vermelha (Red and green macaw)
foto de Edir Alves, Didi

Encontrada voando em pares ou, quando mais jovens, solitárias. Porém, fora do Pantanal podem ser encontradas em grandes grupos. Depois que encontra um parceiro permanece com ele até o final da vida sendo por isso chamada de monogâmica. Se alimenta de frutas e cocos, mas pode comer folhas de algumas plantas. Coloca seus ovos, de 2 a 3, em ocos de árvores ou buracos nos penhascos. Depois de 28 dias nasce um filhote (em média), que estará pronto para voar depois de 3 meses.
A Arara vermelha era muito frequente na Mata Atlântica, mas o desmatamento e o tráfico de animais acabou levando a espécie a extinção nessa área. hoje é encontrada em áreas de Cerrado e no Pantanal. Ela é muito popular como animal de estimação devido a sua beleza e sua habilidade de imitar sons, incluindo a voz humana. No entanto, o que as pessoas não sabem é que a cada 10 araras retiradas da natureza pelos traficantes 9 morrem. Assim, se uma pessoa compra uma Arara Vermelha, essa mesma pessoa está matando outras 9 Araras! Essa espécie ainda não está em extinção, mas se nada for feito nós só vamos conseguir vê-la em cativeiro! Ajudar é fácil, é só não comprar um animal selvagem para criá-lo como animal de estimação. E convenhamos, um animal livre é muito mais bonito do que um animal dentro de uma gaiola!

Avistada no sete de copas em frente à Sede